O LUSOEXTRACT (resultante de um consórcio nacional com sete parceiros liderado pela BIOALVO SA) é um projecto com um investimento superior a quatro milhões de euros que culminará com a construção de um banco de mais de 40.000 amostras de extractos naturais oriundos de microrganismos marinhos e terrestres de Portugal. É o maior projecto nacional concedido e liderado pela BIOALVO SA, em parceria com uma grande parte dos centros de I&D do sistema científico nacional, e pretende valorizar economicamente os recursos e as investigação nacionals.
Aprovado pela Agência de Inovação, o projecto cobre toda a superfície de Portugal continental, onde irá explorar os potenciais farmacêuticos dos ecossistemas únicos no País. Para tal, conta com a colaboração da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, do Instituto de Biologia Molecular Celular (IBMC) da U.Porto, e ainda de dois centros da Faculdade de Ciências de Lisboa (Departamento de Química e Bioquímica e centro BioFIG), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, da Universidade de Aveiro (CESAM), e ainda da Universidade do Algarve.
A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto participa neste projecto atravês do Laboratório de Ecofisiologia Microbiana da U.P. (LEMUP), onde foi isolada uma vasta coleção de Planctomycetes marinhos (mais de 160 estirpes) a partir da comunidade microbiana associada às macroalgas da costa norte de Portugal. Os Planctomycetes são bactérias em muitos aspectos ainda pouco conhecidas mas que apresentam características muito particulares como reprodução por gemulação, parede celular sem peptidoglicano e compartimentação celular. O LEMUP vai colaborar com a sua colecção para a criação da biblioteca de mais de 40.000 amostras de extractos. Este projecto vai permitir explorar o potencial biotecnológico destas curiosas bactérias marinhas.
O LUSOEXTRACT (QREN SI I&DT Co-promoção nº 13107) é um projecto ambicioso que visa criar uma valiosa biblioteca de 40.000 extractos naturais provenientes dos nossos ecossistemas que pretende utilizar na pesquisa de novos compostos para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Assim, a estrutura do projecto divide-se em dois blocos: um primeiro bloco (A) será dedicado à criação da biblioteca contendo mais de 40.000 amostras de extractos e fracções naturais oriundos dos organismos isolados e seleccionados; um segundo bloco (B) será dedicado à produção das plataformas de rastreio de alto débito derivadas da tecnologia GPS D2 da BIOALVO e à detecção de compostos com actividade terapêutica provenientes da biblioteca LUSOEXTRACT. A realização deste projecto congregará o esforço conjunto de vários grupos de excelência científica do SCT, cujo trabalho na área dos produtos naturais merece o reconhecimento internacional, em parceria com a visão empresarial, a tecnologia inovadora e o know-how em desenvolvimento de drogas da BIOALVO.
Na fotografia: macroalgas retiradas daqui: em: nilson01.wordpress.com/.../ biologia-marinha-2/
ER/FCUP
Consultar aqui mais informações: https://sigarra.up.pt/fcup/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=564
Fonte: http://noticias.up.pt