O artigo “Vertebrate time-tree elucidates the biogeographic pattern of a major biotic change around the K–T boundary in Madagascar” publicado recentemente no jornal “Proceedings of the National Academy of Sciences of th USA (PNAS)”, pela investigadora Angelica Crottini, do CIBIO / Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da U.Porto, revela as origens dos vertebrados endémicos de Madagáscar e ainda novos dados que permitem datar a história da colonização desta ilha.
"A fauna existente em Madagáscar é constituída por um número diversificado de espécies que, com algumas exceções (como as espécies com ascendência Sul-americana), colonizaram a ilha há cerca de 60-70 milhões de anos atrás”, refere a investigadora.
As análises estatísticas do estudo suportam a ideia de que os animais com ascendência asiática eram significativamente mais velhos do que os clades prevalentes de ascendência africana. “Curiosamente essas análises sugerem também, que o fator que mais influenciou a diversificação das espécies foi a sua ocorrência nas florestas tropicais, e os poucos animais que colonizaram este habitat e que se adaptaram às suas condições ecológicas conseguiram diferenciar-se nesta coletânea hiperdiversa que observamos hoje nas florestas tropicais do Madagáscar", acrescenta Angélica Crottini.
“O desafio de hoje é preservar a biodiversidade de Madagáscar, para permitir que as próximas gerações possam apreciar a admirável diversidade de espécies desta ilha do Oceano Índico”, aponta a autora do estudo.
Fonte: noticias.up.pt