Quase metade dos oradores vem do Canadá, Brasil, França e Espanha.
O Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho realiza esta quinta-feira e sábado, dias 26 a 28, o Colóquio Internacional "Figuras do herói. Literatura, cinema, banda desenhada". O evento decorre no auditório do ILCH, no campus de Gualtar, Braga. Quase metade dos 45 oradores vem do Canadá, Brasil, França e Espanha.
A sessão de abertura, na quinta-feira às 9h15, conta com o vice-reitor da UMinho para o Ensino e Investigação, Rui Vieira de Castro, a presidente do ILCH, Eduarda Keating, e a diretora do Centro de Estudos Humanísticos, Ana Gabriela Macedo. De seguida é inaugurada a exposição "Os heróis digitais", de Jrome Ateliers. No colóquio vão ser analisados textos e suportes de modo interdisciplinar, como a narratologia, o imaginário, os estudos culturais, a psicanálise, os estudos intermediais, os neocomparatismos, entre outros. As comunicações cruzam literatura, cinema e BD, tratando temas como o herói e a lei, o anti-herói, o herói e a família, heróis e máscaras, herói e paródia, heróis digitais e morfologias da aventura.
A viagem vai de Corto Maltese a Hércules, de Pinóquio a Prometeu, passando até por figuras de autores nacionais como Francisco José Viegas, Camilo Castelo Branco ou Eça de Queirós. A organização do evento junta os professores Cristina Álvares, Ana Lúcia Curado, Sérgio Guimarães de Sousa e por Marta Gomes e Henrique Cachetas, mestrandos em Mediação Cultural e Literária na UMinho. O site oficial é http://www3.ilch.uminho.pt/figurasdoheroi.
Segundo a organização, desde o semideus antigo ao herói urbano pós-moderno, os grupos humanos criam heróis para projetarem ideais e valores, fundamentar a sua existência e problematizar a estrutura ética. As configurações histórico-culturais são múltiplas: há heróis e heroínas míticos, trágicos, cómicos, épicos, romanescos, clássicos, contemporâneos, anti-heróis, super-heróis. A diversidade não impediu uma morfologia invariante (monomito, arquétipo ou mitologema), determinada pela função do herói nos mitos: fundador e transgressor, ele ou ela instaura a ordem humana pela rutura com a ordem divina. Ou seja, é mediador entre ordem e contraordem, à margem da lei e do poder, com laivos de hibridismo e liminaridade.
Em anexo segue o programa do evento e foto da estátua de Prometeu na UMinho.
Mais informações
Prof. Cristina Álvares – 253604196/ 70, calvares@ilch.uminho.pt