CONFERÊNCIA FÓRUM DO FUTURO : FAZER LIGAÇÕES NO SÉCULO XXI, POR HANS ULRICH OBRIST
Se a melhor maneira de quebrar o gelo é começar por uma citação, poucas serão mais esclarecedoras e preferíveis pontos de partida que esta definição programática de Hans Ulrich Obrist (1968, Suíça): "O termo ‘curador’ está desgastado pelo uso. Eu prefiro a palavra Ausstellungsmacher (fazedor de exposições) ou o conceito de J.G. Ballard do "fazedor de ligações” — conexões entre objetos, não-objetos e pessoas”.
A problematização do sentido e alcance da prática curatorial contemporânea – que também ocupa Suzanne Cotter, diretora do Museu de Serralves – é pois o centro deste debate com Obrist, diretor artístico das Serpentine Galleries em Londres.
A entrevista pública e publicada é um dos formatos de eleição de Hans Ulrich Obrist para o apuramento de factos: ficaram célebres as "maratonas” com Rem Koolhaas ou com Olafur Eliasson. Entre o seu trabalho mais recente distingue-se "Extinction Marathon: Visions of the Future” (2014), série de discussões sobre as humanidades e as ciências – áreas a que também se dedica, como na sua série de "entrevistas” com personalidades tão diversas como Peter Cook, Simone Forti e Kim Gordon –, criação conjunta com o artista plástico Gustav Metzger (a partir da sua própria pesquisa sobre assuntos como a extinção das espécies e as alterações climáticas), onde contou com a participação, entre outros, de Gilbert & George, Yoko Ono, Susan Hiller ou Katja Novitskova.
Esta conferência está integrada no projeto Fórum do Futuro, comissariado pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto.
Moderação: Suzanne Cotter
Lotação: 250 pessoas
Nota: A conferência será falada em inglês, com tradução simultânea.
Acesso: gratuito, mediante levantamento de bilhete emitido no próprio dia a partir da hora de abertura da bilheteira (levantamento máximo de dois bilhetes por pessoa)
LOCAL
Auditório de Serralves
HORÁRIO
18h30 - 20h00
DIAS
03 NOV 2016
HANS ULRICH OBRIST
(1968, Suíça) Hans Ulrich Obrist é Diretor Artístico das Galerias Serpentine em Londres. Anteriormente foi o curador do Musée d’Art Moderne de Paris. Desde a sua primeira exposição, "World Soup” (The Kitchen Show), em 1991, comissariou mais de 300 exposições. Em 2011 Obrist recebeu o prémio de excelência como curador, CCS Bard for Curatorial Excellence e, em 2015, seria agraciado com o Prémio Internacional Folkwang pelo seu empenho nas artes. Obrist deu aulas em instituições académicas e artísticas internacionais. As suas publicações mais recentes incluem "Conversations in Mexico”, "Ways of Curating”, "The Age of Earthquakes” com Douglas Coupland e Shumon Basar, e "Lives of The Artists, Lives of The Architects”.
Fonte: http://www.serralves.pt/