CCDR-N e Inovcapital garatem aplicação integral do fundo de capital de risco do Norte de Portugal-Galiza
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a INOVCAPITAL (Sociedade de Capital de Risco do Ministério da Economia e da Inovação) garantiram, em menos de um ano de contactos e negociações, a aplicação de quatro dos cinco milhões de Euros do Fundo de Capital de Risco Norte – Galiza.
Este fundo de capital de risco, considerado como um instrumento de consolidação, expansão, internacionalização de empresas do Norte de Portugal no mercado galego e espanhol, será aplicado em cinco novos projectos promovidos pela Natura Pura (têxtil-lar e vestuário de bebé), Tratadie (tratamento térmico e maquinação de peças de aço), LEILOSTOCK (especializada em leilões), Dream Beach S.A. (comércio de roupa e calçado desportivo), e a ACH BRITO (empresa centenária de sabonetes).
Para Ana Teresa Lehmann, Vice-Presidente da CCDR-N, «o sucesso deste fundo e o valor e originalidade dos projectos por ele apoiados são a prova de que é possível expandir negócios, procurando criar riqueza, apesar da crise económica e da conjuntura internacional. Iniciar um processo de internacionalização mais profundo, que vai para além da actividade exportadora, é sempre arriscado e penoso, pelo que fundos como este têm um papel fundamental a desempenhar para proporcionar os recursos e a auto-confiança que algumas PME necessitam na abordagem a mercados externos através de investimento directo (abertura de filiais comerciais e/ou industriais). Para empresas do Norte de Portugal, o mercado galego – e, por extensão, o espanhol – constitui um bom cenário para iniciar um processo de expansão mais arrojado. Tipicamente, a maioria das empresas inicia estes processos em mercados geográfica ou culturalmente próximos, o que aconteceu, neste caso. Este fundo é parte integrante de uma estratégia regional mais ambiciosa, no âmbito da Agenda para a Internacionalização do Norte de Portugal, que irá ser dada a conhecer ao público em Setembro, e os montantes que desta vez foram investidos serão, em devido tempo, reinvestidos quando a participação no capital das empresas cessar, como é usual no capital de risco. Entendemos que o capital de risco é uma forma de apoiar empresas que se reveste de uma relevância crescente, e mais verbas deveriam ser afectas a este tipo de políticas de estímulo à internacionalização empresarial».
Já de acordo com Clara Braga da Costa, membro do Conselho de Administração da INOVCAPITAL, «o capital de risco, ainda com limitada expressão em Portugal, é um instrumento financeiro cujas características específicas de participação no capital próprio das empresas propiciam não só uma importante partilha de risco e de rentabilidade associada aos investimentos mas, igualmente, o acesso a outras fontes de financiamento e a necessidade de profissionalização de gestão que contribuem para o sucesso dos projectos. Especificamente o fundo de Capital de Risco Norte de Portugal – Galiza teve a vantagem acrescida de fomentar a aproximação de dois mercados desenvolvendo-os muito para além das suas fronteiras regionais. As empresas portuguesas adquiriram um acesso privilegiado às restantes regiões de Espanha e ainda ao mercado da América Latina.
Não é demais frisar a excelente colaboração entre a CCDR-N e a InovCapital, que contribuiu, de uma forma decisiva, para a concretização dos investimentos, em contexto económico adverso e certamente se revelarão da maior importância em período “pós-crise”, trazendo mais-valias acrescidas para o Norte de Portugal e a Galiza. É nosso ensejo que, com a experiencia já adquirida e o potencial do mercado percepcionado, sejam afectos novos fundos para capital de risco, no âmbito do actual quadro comunitário, favorecendo a politica de desenvolvimento económico sustentado, numa óptica de médio e longo prazo, destas duas regiões».
Fonte: http://www.ccdr-n.pt/